
Implanon é um método contraceptivo em forma de implante. Possui longa duração e fácil inserção.
Como o Implanon funciona?
O Implanon é um dispositivo em formato de uma haste estreita de cerca de 4 cm de comprimento. Ele é inserido sob a camada mais superficial da pele, no braço da paciente. Após a inserção, o hormônio contido nele, o etonorgestrel (semelhante à progesterona) passa a ser liberado na corrente sanguínea de forma contínua em pequenas quantidades.
Esse hormônio vai agir, então, de três formas para evitar a gravidez:
- Impedindo a liberação do óvulo pelo ovário. Logo, se não tem óvulo, não tem como ocorrer a fecundação pelo espermatozoide.
- Tornando o muco do colo do útero mais espesso, dificultando, assim, a passagem dos espermatozoides para dentro do útero.
- Alterando a estrutura do endométrio, camada interna do útero.
Com isso, o Implanon é considerado um contraceptivo altamente eficaz, possuindo mais de 99% de eficácia comprovada. Sua ação contraceptiva se mantém intacta por um período de até 3 anos após sua inserção.
Qual médico coloca o Implanon?
O ginecologista é o médico que coloca o Implanon.
Dra Natasha Formiga é médica ginecologista em Fortaleza, especialista em Implanon e Métodos Contraceptivos, com especialização em Ginecologia e Obstetrícia pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP).
Como ele é colocado?
O Implanon é colocado na parte interna do braço, entre o bíceps e o tríceps. Geralmente, escolhemos o braço que a paciente não utiliza para escrever. Iniciamos, então, com a realização da anestesia local. A paciente deve estar deitada de costas e com o braço dobrado com a mão próxima à cabeça. Um aplicador descartável contendo o Implanon é inserido, e o implante é liberado sob a pele. É possível palpar facilmente o Implanon após a sua colocação. Em seguida, realiza-se um curativo compressivo que pode ser retirado em 24 horas.
O procedimento como um todo é bastante rápido, durando cerca de 10 minutos. Realizamos, então, a colocação do Implanon em consultório médico, sem necessidade de internação hospitalar.
Como ele é retirado?
Retiramos o Implanon com um pequeno corte na pele na região da extremidade do implante, sob anestesia local. O Implanon é, então, puxado com o auxílio de uma pinça. Logo em seguida, um novo implante pode ser colocado no local caso a paciente deseje continuar com o mesmo método contraceptivo. Colocamos, então, um curativo compressivo na região. É um procedimento rápido e indolor, realizado no consultório médico.
O Implanon pode ser retirado em qualquer momento que você desejar, seja para engravidar, seja para trocar de método contraceptivo. Porém, não deve ultrapassar o período máximo de 3 anos de uso.
Quem pode usar Implanon?
- Mulheres que procuram um método seguro e que não desejam engravidar pelos próximos 12 meses.
- Aquelas que não costumam lembrar de tomar pílula diariamente e no mesmo horário ou que possuem sintomas/efeitos colaterais ao tomar o anticoncepcional.
- Mulheres que nunca engravidaram.
- Adolescentes.
- Mulheres pós-parto ou pós-aborto.
- Lactantes.
- Mulheres que possuem contra-indicação aos métodos que contêm estrogênio:
- História prévia ou atual de câncer de mama e/ou câncer de endométrio
- Enxaqueca com aura
- Cardiopatia grave
- Sangramento uterino sem causa identificada
- História prévia ou atual de Trombose Venosa Profunda, Infarto ou AVC
- História de Embolia Pulmonar
- Tumores graves no fígado
Quem usa Implanon vai parar de menstruar?
O sangramento irregular é o efeito colateral mais comum do Implanon. Além disso, o padrão de sangramento pode alterar. Cerca de 40% das mulheres que usam esse método, apresentam amenorréia, que é a ausência total de sangramento. Em torno de 30 a 40% das usuárias de Implanon, relatam sangramento infrequente, em pequena quantidade. E, apenas, 20% a 25% delas apresentarão padrão desfavorável (sangramento frequente ou prolongado).
Consideramos período de adaptação os primeiros 3 a 6 meses de uso do Implanon. É importante, então, ter paciência nesse período, pois o padrão de sangramento pode melhorar.
O Implanon não perde sua eficácia nas pacientes que continuam com sangramento irregular.
Quais os benefícios do Implanon?
- Método mais seguro e eficaz que existe (menor taxa de falha).
- Pode ser usado por mulheres que não querem usar estrogênio ou que não podem usá-lo por alguma contraindicação.
- Método de longa duração (3 anos).
- Por estar inserido no corpo, não há o risco de você esquecer uma dose.
- Diminui o fluxo menstrual. Logo, a paciente pode ficar em amenorreia (ausência total de menstruação).
- Melhora das cólicas menstruais.
- Melhora dos sintomas da TPM (Tensão Pré-Menstrual)
- Retorno rápido da fertilidade após sua remoção. Portanto, a maioria das mulheres já pode ovular e engravidar em poucos dias após a retirada do Implanon.
- Método de fácil inserção e remoção.
- Pode ser inserido 48h após o parto.
- Pode ser retirado a qualquer momento antes de completar seu tempo total de duração.
Quais os seus efeitos colaterais?
O Implanon pode causar alguns efeitos colaterais, principalmente, nas 6 primeiras semanas de uso do método.
- Sangramento irregular e spottings (sangramento de pequena quantidade) – 20 a 25% das usuárias
- Dor de cabeça – 15%
- Dor nas mamas – 10%
- Acnes – 11%
- Cistos foliculares nos ovários (benignos e não causam sintomas) – 25%
Implanon x DIU

Os dispositivos intrauterinos (DIUs) hormonais e não hormonais, juntamente com o Implanon, representam os contraceptivos reversíveis de longa ação.
O DIU hormonal mais conhecido, o Mirena, possui alta eficácia na contracepção e duração de 5 anos. Proporciona ausência ou redução do sangramento menstrual. Por isso, pode ser usado também para tratamento ou diminuição dos sintomas causados por miomas, adenomiose, endometriose, e alterações do endométrio. Possui risco de expulsão, principalmente, nos primeiros 6 meses, e de infecções. Possui ainda risco de perfuração uterina durante sua inserção ou mesmo já após inserido.
Já o DIU de Cobre, também de alta eficácia, não contém hormônio. Portanto, é ideal para as mulheres com contraindicações aos métodos hormonais. Possui durabilidade de 10 anos. Seus efeitos adversos mais comuns são o aumento do fluxo menstrual, bem como das cólicas menstruais.
Existe ainda uma outra versão do DIU não hormonal, o DIU de Prata, uma associação da prata ao cobre, que tem como vantagem o menor risco de infecções. Este possui duração de 5 anos. O padrão de sangramento e a dor pélvica, porém, não são menores quando comparados ao DIU de cobre.
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